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13 Mar
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Green Label: 5 Curiosidades que um Apreciador Precisa Saber

O mundo dos whiskies é repleto de nuances, histórias e sabores que cativam tanto iniciantes como conhecedores. Entre as opções mais intrigantes está o Green Label, um blended malt scotch whisky que desafia convenções e conquista paladares exigentes. Seja pela sua composição única, pelo processo de envelhecimento ou pela herança da Johnnie Walker, esta expressão merece um lugar de destaque na sua coleção. Neste artigo, exploramos 5 curiosidades essenciais sobre este whisky que todo o apreciador deve conhecer. Prepare o seu copo e mergulhe connosco nesta jornada sensorial!

1. A herança de um Blended Malt revolucionário

Green Label não é apenas mais um whisky na prateleira. Lançado em 1997 pela Johnnie Walker, este blended malt surgiu como uma resposta audaciosa à demanda por whiskies mais complexos. Diferentemente dos blends tradicionais (que combinam malt e grain whiskies), a sua composição inclui exclusivamente single malts de quatro destilarias distintas: Talisker, Linkwood, Cragganmore e Caol Ila. Vale ressaltar que cada destilaria contribui com características únicas: a fumosidade de Islay (Caol Ila), a suavidade floral de Speyside (Linkwood), o corpo robusto das Highlands (Cragganmore) e o carácter salgado das Ilhas (Talisker).

Curiosamente, este whisky desapareceu do mercado em 2012, gerando protestos de fãs em todo o mundo. Felizmente, a Johnnie Walker reintroduziu-o em 2016, mantendo a fórmula clássica, mas destacando ainda mais a sua identidade como “o whisky dos quatro cantos da Escócia”Para os apreciadores, a sua história de resiliência e tradição torna cada gole ainda mais especial. Aliás, a decisão de trazer de volta o Green Label reflete o compromisso da marca com a excelência.

2. Maturação em tonéis de carvalho: O segredo da profundidade

Um dos pilares do sabor deste blended malt é o seu processo de envelhecimentoAo contrário de muitos whiskies que usam apenas tonéis de carvalho americano ou europeu, ele beneficia de uma combinação estratégica. Parte do líquido amadurece em tonéis de carvalho que antes guardavam bourbon, conferindo notas de baunilha e coco, enquanto outra porção repousa em tonéis de carvalho europeu que armazenaram vinho do Porto, adicionando camadas de frutas secas e especiarias.

Este método não só equilibra doçura e intensidade, mas também homenageia a arte do master blenderVale destacar que o líquido envelhece por no mínimo 15 anos, garantindo uma harmonização excepcionalEm comparação ao Johnnie Walker Black Label: Um Clássico do Whisky Escocês, que amadurece por 12 anos, este blended malt oferece uma experiência mais madura e estratificadaAlém disso, os mestres destiladores ajustam cuidadosamente o tempo de maturação para garantir que cada lote mantenha a consistência que os fãs adoram.

3. Perfil de Sabor: Uma viagem sensorial

A prova de um grande whisky está no equilíbrio entre complexidade e drinkabilityNeste aspecto, o Green Label brilha. No nariz, revela aromas de turfa suave, casca de laranja e pinho, acompanhados por um toque de melNa boca, apresenta-se cremoso e vibrante, com notas de caramelo, nozes torradas e uma fumosidade subtil que persiste até ao final. Já o acabamento é longo e reconfortante, com um toque de pimenta preta e tabaco.

Este perfil versátil faz dele uma escolha ideal para diferentes ocasiões. Por exemplo, pode apreciá-lo puro, com uma gota de água para libertar os aromas, ou até em cocktails sofisticadosPara quem busca contrastes, recomendamos compará-lo ao Gold Label Reserve: O Whisky Dourado para Momentos Especiais, que prioriza notas mais frutadas e meladasNo entanto, destaca-se pela sua capacidade de agradar tanto puristas quanto entusiastas de mixologia.

4. Sustentabilidade: Um compromisso com o futuro

Apesar de menos divulgado, o Green Label alinha-se com os esforços de sustentabilidade da Diageo (sua empresa-mãe). Desde 2020, a Johnnie Walker comprometeu-se a utilizar embalagens 100% recicláveis até 2030. Além disso, as destilarias envolvidas reduziram o consumo de água em 40% e adoptaram energias renováveis em 80% das suas operações.

Este compromisso ecoa com uma nova geração de apreciadores, que valorizam marcas conscientes. Para os puristas, porém, o foco permanece no líquido: um tributo à tradição escocesa, sem comprometer a qualidade. Vale lembrar que a Diageo já replantou mais de 1 milhão de árvores na Escócia, garantindo a preservação dos recursos naturais essenciais para a produção de whisky.

5. Curiosidades culturais: Do cinema à alta sociedade

Este blended malt transcende o universo dos whiskies, aparecendo em filmes como “The Angel’s Share” (2012), uma comédia britânica sobre roubo de barris raros, e em livros como “Whisky: A Liquid History” de Kevin Erskine. Além disso, associam-no frequentemente a celebrações de conquistas pessoais, simbolizando equilíbrio e perseverança.

Uma lenda urbana sugere que o nome surgiu das colinas verdejantes da Escócia, embora a Johnnie Walker nunca tenha confirmado. Independentemente da origem, o facto é que carrega uma aura de mistério e sofisticaçãoPor outro lado, a sua presença em eventos de alta sociedade e em menus de restaurantes estrelados Michelin reforça o seu estatuto como ícone cultural.

Comparação com outros membros da família Johnnie Walker

Enquanto o Black Label é um clássico acessível e o Blue Label um ícone de luxo, o Green Label ocupa um nicho único: é o “whisky dos conhecedores”A ausência de grain whiskies e o foco em single malts premium atraem quem busca autenticidadeEm contraste, o Gold Label Reserve (com seu perfil mais doce) é muitas vezes escolhido para brindes festivos, enquanto este blended malt brilha em momentos de reflexão.

Vale mencionar que, em 2023, a Johnnie Walker lançou uma edição limitada com tonéis de sakê japonês, provando que a inovação nunca paraEsta edição, porém, mantém a essência do original, reforçando a sua identidade como um blended malt de elite.

Dicas para apreciar como um verdadeiro conhecedor

Para maximizar a experiência, sirva-o em copos tulipa, que concentram os aromas. Adicione uma gota de água mineral para suavizar a fumosidade e libertar nuances escondidasSe preferir cocktails, experimente um Smoky Old Fashioned: 50ml de Green Label, 1 colher de chá de xarope de açúcar mascavado e 2 gotas de bitter de angostura. Finalmente, harmonize-o com queijos curados ou chocolate amargo para um contraste sublime.

Conclusão: Por que merece a sua atenção

Green Label não é apenas um whisky; é uma narrativa engarrafadaDesde a seleção meticulosa dos single malts até ao compromisso com a sustentabilidade, cada detalhe conta uma história. Seja você um colecionador ou um entusiasta casual, oferece uma experiência sensorial rica e memorável.

Na próxima vez que procurar um whisky que una tradição e ousadia, lembre-se: esta expressão está à altura do desafio. E se quiser explorar mais ícones da Johnnie Walker, não deixe de ler sobre o Johnnie Walker Black Label: Um Clássico do Whisky Escocês e o Gold Label Reserve: O Whisky Dourado para Momentos Especiais.

Fontes:

Johnnie Walker Green Label – Site Oficial
Guia de Whisky da Whisky Advocate
Sustentabilidade na Diageo